segunda-feira, 28 de julho de 2008

"Patriotismo"

"O patriotismo é o ovo de onde nascem as guerras"
(Guy de Maupassant)

"O patriotismo é o último refúgio dos canalhas."
(Samuel Johnson)


Para satisfazerem seus próprios interesses, as elites que constituem os governos buscam sedimentar entre seus cidadãos o conceito de "pátria" como um lugar onde vive um povo superior, vítima da inveja dos outros.
Mas as fronteiras não existem de fato; são invenções humanas de caráter imperialista, e só atendem às elites. “Pátria”, portanto, é um conceito tão artificial quanto as fronteiras “nacionais”.
Somos muito mais parecidos ou diferentes por nossa cultura e classe social do que pelo país onde nascemos. “Um pobre é mais parecido com outro pobre de outro país do que com um rico que mora no mesmo bairro”.

Não sou patriota.
Sou antes de tudo, humanista e antiimperialista.

Por que me orgulhar de ser brasileiro se eu nada fiz para isso acontecer?
Não fui eu que escolhi onde nasci!
Só me orgulho de escolhas. Acasos e fatalidades são passíveis apenas de comemoração ou lamentação, não de "orgulho".

Por que "amar o Brasil" mais do que qualquer outro país, só porque, por mero acaso, se nasceu nele? Isso não é amor autêntico! Se o “patriota brasileiro” tivesse nascido num país em guerra com o Brasil, não hesitaria em atacar o "nosso" país. Vê-se aí a grande bobagem que é esse conceito de “pátria”!

Não seria muito mais desejável e produtivo que todos nós tivéssemos "orgulho" de sermos humanos, e trabalhássemos para desenvolver a Humanidade em si? Se amássemos nosso planeta, que todos compartilhamos, e trabalhássemos para conservá-lo?

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